Nesta semana, almoçando com as amigas, eu a encontrei novamente, para o meu deleite, pois ela é uma companhia maravilhosa, e voltamos à história bizarra da cobra e depois de muitas risadas e surpresas, soube que este animal, mesmo morto, pode dar o bote!!! É isso, mesmo sem sua asquerosa cabeça pode injetar o veneno...bizarro além da conta.
Inclusive no caso da minha singular amiga, a cobra, depois de morta, se enrolou no braço do herói-marido, em reflexo involuntário......fiquei nude!
E com acontecimentos recentes eu percebi o quanto a analogia entre "cobra" e "humanos" é verdadeira.
É muito usada a expressão: "fulano é uma cobra" para designar as pessoas, como poderia dizer, traidoras, sem escrúpulos, etc....
E é isso, essas pessoas ficam lá quietas, não se fazem perceber e de repente...BAN (ou qualquer outra onomatopéia que o valha) dão o bote, certeiro e venenoso. E ainda que não nos mate, nos ferem e temos que nos tratar. Acontece que nem sempre temos antídotos para o veneno, ou pior, o veneno demora a aparecer e a cura da alma é muito mais difícil que a cura do corpo.
E igualmente como nos animais, essas pessoas, mesmo "mortas", lá no fundo do poço, sem perspectivas, injetam o veneno ou se enrolam em nossos braços, em uma tentativa desesperada de prejudicar, e só, pois já estão acabadas mesmo.
E o que mais me intriga é: Por que que as vítimas de cobras (inclusive as metafóricas) são sempre as pessoas de bem? A minha amiga é do bem, ama a natureza, ama os animais, é vegetariana, se preocupa com o futuro do mundo, é boa de coração e ....cobra nela! Se ainda fosse em mim...pelo menos já fiz por merecer umas cobrinhas...
E para não perder a esperança na humanidade, torço para que as águias (predadores naturais de cobras) sejam suficientes para evitar que o veneno se dissemine por aí e afastem as peçonhentas de nosso convívio. E rezo para que "Cassias" se multipliquem entre nós e façam o nosso mundo melhor e sejam mais fortes do que qualquer veneno!
Bju, me liga, amiga, porque você me faz ter esperanças.